Saúde emite recomendações sobre a febre amarela aos municípios gaúchos
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs/RS) emitiu uma alerta epidemiológico de atualização sobre a febre amarela e com recomendações aos municípios gaúchos, na sexta-feira (13). Na sazonalidade 2008/2009, o Estado registrou 21 casos da doença em humanos e as últimas epizootias (morte de macacos), principal hospedeiro e vítima da febre amarela. Desde então, não foram registrados novos casos. O documento traz orientações de controle da presença do vírus e de atualização vacinal da população sem vacina ou com esquema incompleto. Orienta também para a imunização de pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro de áreas com recomendação de vacinação e/ou circulação do vírus amarílico. A vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país.
Entre as medidas de controle está o alerta às vigilâncias ambientais dos municípios para que orientem a população para a importância de notificação imediata, às respectivas secretarias municipais de Saúde, sempre que encontrarem macacos mortos. Estas ocorrências precisam ser investigadas pois podem indicar que o vírus está circulando em determinada região.
O vírus da febre amarela se mantém naturalmente em um ciclo silvestre de transmissão, que envolve primatas não humanos (hospedeiros animais) e mosquitos silvestres. O Ministério da Saúde realiza a vigilância de epizootias desde 1999 com objetivo de verificar e antecipar a ocorrência da doença.
Assim é possível fazer a intervenção oportuna para evitar casos humanos, por meio da vacinação das pessoas e também evitar a urbanização da doença por meio do controle de vetores nas cidades.
Entenda a doença:
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por mosquitos), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.
Os casos de Febre Amarela (FA) no Brasil são classificados como febre amarela silvestre ou febre amarela urbana, sendo que o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois casos, a diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão.
Na FA silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Na FA urbana o vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegyptii ao homem, mas esta não é registrada no Brasil desde 1942.
(Fonte: Ministério da Saúde)